Conheça as classes e provas do Mundial de Paraciclismo de Pista, sediado no Rio

Paraciclismo de Pista (Marco Teixeira)
Paraciclismo de Pista (Marco Teixeira)

Evento começa na próxima quarta-feira reunindo atletas de 39 países

Pela segunda vez, o Velódromo do Rio de Janeiro será a casa do mais importante torneio de paraciclismo do mundo. A pista de 250 metros, que abrigou quebras de recordes em 2018 e ficou conhecida como uma das mais rápidas do mundo, terá 287 atletas – entre eles, 25 brasileiros – buscando o pódio do Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista a partir da próxima quarta-feira (20). Os competidores batalham, além das medalhas, pela última chance de conquistar os pontos necessários para carimbar a ida aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.

Regidas pela União Ciclística Internacional (UCI) e pelas confederações nacionais, as disputas do Paraciclismo dividem-se em duas grandes disciplinas: eventos de estrada e de pista. Nos de estrada, todas as categorias estão contempladas, reunindo os atletas com paralisia cerebral, que competem em triciclos (classes T1 e T2), atletas com lesão medular e amputação, que competem em handbikes (classes H1 a H4), deficientes visuais (Tandem), que competem com o apoio de atletas-pilotos, e aqueles com algum nível de deficiência físico-motora (classes C1 a C5).

Nos eventos de pista, como é o caso do Mundial, competem apenas as categorias Tandem e Classes C. Estes últimos são alocados em suas respectivas classes, de 1 a 5, por meio da avaliação médica funcional. Quanto mais alta a classe, mais baixo é o grau de comprometimento físico-motor.

Nesta edição, há 218 atletas e 69 atletas-pilotos, um recorde na história da competição. Ao todo, serão 50 categorias de disputa – 24 femininas, 24 masculinas e duas mistas. Destas, sete são da classe Tandem e 43 das classes C. Confira abaixo as provas que serão disputadas no Campeonato Mundial de Paraciclismo de Pista 2024:

 

– Individual pursuit (perseguição individual)

Nesta corrida, dois atletas largam em pontos opostos da pista, percorrendo uma distância de 3 km (para mulheres e homens das classes C1 a C3) ou 4 km (para homens das classes Tandem, C4 e C5). Vence quem obtiver o menor tempo ou alcançar seu adversário (ou seja: quando seu pedal alcançar o pedal da bicicleta do oponente).

Categorias: Tandem feminino, Tandem masculino, C1 a C5 femininos e C1 a C5 masculinos.

 

– 1 km time trial (contrarrelógio de 1 km)

Nesta prova, o atleta entra sozinho na pista e vence quem completar o percurso de 1 km em menos tempo.

Categorias: Tandem feminino, Tandem masculino e C1 a C5 masculinos.

 

– 500 m time trial (contrarrelógio de 500 m)

Nesta prova, a atleta entra sozinha na pista e vence quem completar o percurso de 500 m em menos tempo.

Categorias: C1 a C5 femininos.

 

– Sprint (corrida de velocidade)

Corrida curta e intensa em que ambos largam no mesmo ponto da pista e vence quem terminar o percurso primeiro. A disputa começa com uma fase classificatória em que cada dupla no Tandem tenta completar o percurso de 200 m em menos tempo (Flying 200). Os quatro mais rápidos encaram uma semifinal disputada em melhor de três. Os vencedores se enfrentam pelo ouro e os semifinalistas eliminados disputam o bronze.

Categorias: Tandem feminino e Tandem masculino.

 

– Mixed tandem team sprint (Corrida Mista de velocidade por equipes Tandem)

É uma corrida de velocidade disputada num percurso de 750 m por equipes Tandem que podem ser formadas por homens e mulheres. Apesar do nome, a prova é mais parecida com a perseguição individual do que com o sprint individual. Duas equipes (cada uma formada por dois atletas e dois atletas-pilotos) se posicionam em pontos opostos da pista. Vence quem fizer o menor tempo.

Categoria: Tandem misto.

 

– Team sprint (Corrida de velocidade por equipes)

É uma corrida de velocidade disputada num percurso de 750 m (três voltas) por equipes mistas tanto em classes quanto em naipes (uma mesma equipe pode ter homens e mulheres de classes diferentes de C1 a C5). Cada classe tem uma pontuação diferente: os atletas de classes de menor comprometimento valem mais pontos e uma equipe não pode ultrapassar os 10 pontos, o que mantém o equilíbrio. Apesar do nome, a prova é mais parecida com a perseguição individual do que com o sprint individual. Duas equipes de três atletas cada se posicionam em pontos opostos da pista. Ao fim de cada volta, o atleta que lidera abre caminho para que o próximo ciclista da equipe assuma a ponta. Vence quem fizer o menor tempo.

Categoria: Classes C misto.

 

– Scratch

Prova individual em que os ciclistas partem juntos de um mesmo ponto, em pelotão, e vence quem concluir o percurso primeiro. A agenda masculina prevê qualificatórias de 7,5 km, caso sejam necessárias, e 15 km na fase final. A feminina começa já nas finais com um percurso de 10 km.

Categorias: C1 a C5 femininos e C1 a C5 masculinos.

 

– Omnium

É a combinação de um combo de quatro corridas: contrarrelógio, perseguição individual, scratch e flying 200 m. Vence quem somar mais pontos no final. À exceção do Flying 200, prova curta e intensa em que vence quem percorrer em menos tempo o percurso de 200 m, as outras pontuações vêm das disputas já realizadas nas respectivas categorias.

Categorias: C1 a C5 femininos e C1 a C5 masculinos.

 

– Eliminação (disciplina de exibição)

Nesta disputa, os atletas largam todos juntos, em pelotão. A cada duas voltas, o último atleta é eliminado, até restarem apenas dois, que disputam a primeira colocação. Esta prova separa os ciclistas apenas por gênero. Assim como no Team Sprint, não há divisão por classes. No Mundial, essa disciplina ocorre em modo de exibição – isto é, é apenas amistosa e não vale título.

Categorias: Classes C femininas e Classes C masculinas.

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Programação das provas na íntegra: clique aqui.

Resultados das provas: clique aqui.